Sem despedidas


Nunca houve uma despedida, nem último beijo, nem briga, nem nada.. Tentei falar mas ele nunca soube me ouvir, no fundo nem sei mesmo o que diria. Mas ficou o gosto do inacabado, os sonhos interrompidos, ficaram anos incompletos, ficou um conformismo inconformado. Ficou.
To vivendo todo o novo, o encantador medo do desafio que me bate a porta, andei provando outros beijos, tocando outros corpos, sentindo meu corpo mais vivo, mais meu. Mas volta e meia fico me convencendo de que definitivamente você não era mim, e você já conhece, não vou repetir.
E ia te mantendo vivo dentro de mim. Andando pela casa eu vou te falando que vou alugar um apartamento, o quanto o beijo do outro me encantou, o quanto ele é mais atencioso, mais bonito, mais e mais e mais. Eu vou brigando com você pelas ruas, pela minha minha casa, no mais intimo de mim, você nem faz cena de ciume, me mostra o quanto eu vou me apegando pelo que é passageiro na busca insesante do que é eterno e eu vou te transformando em passado, te sufocando com o presente que não pertence a você.
Houve a despedida calada, com a certeza de que maior é tudo o que me espera e não o que deixei pra traz. Se conformar com o que não te faz feliz porque um dia foi bom é ser infeliz em dobro pela perda de tempo, sentimento e medo. Decidi me doar a vida que eu não tinha com você. Olha, ela tem sido doce e que esse doce seja verdadeiro me fazendo encontrar aquele sem medo do risco de ser dois, diferente de você. Porque mudança traz medo mas é tão bom saber que se pode mudar, se permitir viver.


Meu beijo e sorriso sincero.

To indo dancar pra ele e pra vida, um dia gente se vê.

Kaká.
;)


Ps.: o texto não fala de ninguém em específico (mentira).

1 comentários:

Alan Brum disse...

Troco minha alma pra saber de quem você fala nos seus textos. rs
viu, voltei. Beijo!