Esperas II


Ela estava cansada de esperar pelo homem que nunca chegava. 
Onde ele estava que não lhe abria a porta do carro? não estava com ela nos dias de chuva... 
Já não se tem beijos lentos nem apressados, nem beijos de despedida esperando a volta, apenas beijos sem gosto de um estranho qualquer só para dizer que procura. E ela despensa o qualquer e torce que o esperado, o tão procurado se torne conhecido no meio da confusão que se formou.
Quem fará massagem em seus pés? Quem vai jurar que nunca partirá?
Por onde anda teu corpo que não encontra o meu?
Por onde anda sua voz que não escuto?
Onde está o seu amor que não o vejo?
Por quais caminhos ele anda que não a encontra?
Ela já amava o desconhecido, sua projeção masculina.
Conseguia sentir seu cheiro, seu gosto. Saber seus gostos.
Ela pedia a Deus pra querer conhecer teu prato preferido, seu filme, sua musica. Seus hábitos.
Se pergunta por onde anda esse homem que assombra sua vida com o vazio de quem nunca apareceu.
A falta de lembranças, de presentes no aniversário. A falta dos abraços e beijos. A falta.
Por onde anda a paz que ele te deu?
Por onde anda o juízo que esse alerquim levou pra longe e escondeu?
Será sonho meu?
Será eu essa mulher que busca incessantemente por aquele que nunca conheceu?
Foi amor demais que eu guardei pra quem nunca apareceu.
Roubaste minha coroa para se fazer rei.
Mas o amor que eu te dei, esse sim, ignoraste, não quiseste, sem nunca o conhecer... Um dia voltarás e me encontraras pronta para pegar de volta o que roubaste e um dia o fizeste seu.


Meu beijo, 

Kaká.

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