O mesmo inverno





Enfim um traço de lucidez no mar dessa loucura. Entendi finalmente que não vou deixar de te amar. 
De quantas formas podemos amar a mesma pessoa?
Talvez eu morra de ciumes todas as vezes que ela te tocar, talvez eu ainda olhe um novo amor procurando por você. Vou me preocupar a cada vez que você estiver doente, vou querer matar quem te fizer sofrer... existirão dias que vou querer atravessar o mundo pra te ver. A minha saudade vai demorar a se acostumar a não te ter, ela é muito teimosa...
Mas eu preciso confessar que desisti. Desisti de te esquecer, desisti de tentar, desisti de não te amar.
Quero aprender com o tempo a te amar de outras formas, ser o que você precisa, ainda que longe. Talvez sua amiga, sua irmã, sua lembrança, seu esquecimento. Talvez você nem se lembre de mim... que seja assim então. Quero te amar da maneira mais pura e aprender o que você veio me ensinar nessa vida. Eu posso amar da maneira mais linda, mais pura, mais forte. Que eu sou forte, que minha coragem e fé movem montanhas... Você me ajudou a me conhecer e ver que sou tão forte, que eu tenho o dom de seguir em frente.

Você vai ser sempre uma das melhores histórias que eu vou querer contar, parte do meu sorriso mais bonito, da saudade mais gostosa que alguém pode ter. Queria te dizer que essa tempestade que você tá passando vai passar. O sol um dia volta a brilhar. Ele voltou pra mim... 

Aqui também está chovendo, é inverno, exatamente como aquele que você me deixou. Mas logo logo o gelo de julho e agosto passam... no meio de setembro bate a primavera e existem boas surpresas escondidas nessa estação tão fria, acredite em mim...

Te escrevo ainda porque acredito que as palavras libertam ainda que eu saiba que você nunca vai ler. Te escrevo enfim porque te amo de muitas maneiras, mas não mais que a mim.


Com carinho e saudade




Kaká.

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