O gosto do veneno


Vai demorar pra todas aquelas imagens desaparecem da minha memória. Bem lá no fundo eu acreditava que havia uma boa explicação pra todas as suas fugas, todo o teu gelo, todo o teu ódio, todo teu veneno, teu rancor. Mas que parte boa existe em um escorpião ou em uma cobra? A agulha que pica, os dentes que cravam espalhando o veneno, te fazendo morrer aos poucos, devagar, mostrando o quanto pode ser amargo e doloroso o fel.
Como um aviso tive um novo sonho com cobra, o mesmo de sempre, o mesmo que já me avisou tantas vezes as outras cobras no meio do caminho. Mudam os contextos, nunca o fim. Lá estava ela bem na minha mão, esperando o momento certo do bote, da picada fatal. Como eu pude um dia dedicar tanto amor a você? Eu acordei com uma certeza, que hoje mais do que nunca, eu deveria te procurar pela última vez. Foi quando eu vi e senti picada, o veneno correndo pelas veias, queimando, sufocando, ferindo, tentando me matar. Sinto muito, querido, mas não vai ser dessa vez.
A gente se engana, a gente acredita, vemos o cordeiro no lugar do lobo, damos abrigo ao inimigo, acolhemos o traidor. Um bicho como ele engana bem, hipnotiza, te deixa imóvel... O seu erro, foi crer que era a unica cobra no meu caminho, único veneno que provei. Por sorte eu to imunizada, falta muito pra uma cobra criada me deter. Volta pro teu ninho imundo, rasteja pra chegar em algum lugar e se prepara porque se eu levanto é pra te matar. Confesso que fiquei impressionada como as duas metades, eu cheguei a perguntar quem era quem. O mesmo final pros dois roteiros. A cobra de duas cabeças, já nao me assusta mais. Eu lutei contra as duas eu sai viva, bem viva, imunizada, curada. Eu avisei que tudo o que vai volta e quando volta mata! Extermina.
Aprendi a fazer daquilo que fere meu livramento, dessa vez eu me curo da tua covardia, da tua maldade, do teu veneno, das mentiras tão doce no inicio, amargas no fim.
Uma coisa eu aprendi com você essência e caráter não mudam. Uma vez cobra, sempre cobra, não dá pra mudar a natureza de ninguém... 
não me venha com seu cinismo me pedindo perdão, e nem por um segundo me sinto culpada, nem por um segundo sinto pena de você. Meu consolo é que você prova todo dia do seu próprio veneno e é dele que você vai morrer.
Que Deus me livre da tua maldade, teu cinismo, teu ódio, tua dor, teu veneno, das tuas palavras doces e mentirosas. Deus me livre das tuas armadilhas. Deus me livre e aguarde de voce!


Kaka

1 comentários:

Alan Brum disse...

Deus nos livre desse veneno. rs
Beijo!