Sedes insaciáveis











"Ela é mais que um sorriso tímido de canto de boca, dos que você sabe que ela soube o que você quis dizer.
Ela fala com o coração e sabe que o amor, não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive..."



(Caio F. Abreu)


Tem horas que caio em mim, aperto a mão contra peito, fecho os olhos e me sinto tão perdida...
Jurei que escreveria coisas tão alegres até alguns minutos atrás, talvez exista tanta coisa em mim não resolvida, não curada que por isso as palavras tomam sempre essa mesma direção. Existe uma alma em mim que quer se tornar livre, mas eu me coloco numa zona de conforto, e ando em círculos. Talvez minha maior coragem foi correr dos meus medos e não enfrentar os meus fantasmas, foi calar, desacreditar, desistir... Desistir foi mais difícil do que parece, do que se sabe.
Me pedem pra voltar, vem e me diz uma forma, pq eu não sei e não consigo sair daqui! Eu me sinto tão longe, como se não pertencesse aquele lugar, lugar que eu já quis muito estar.
É pra Você me abro e posso contar todo esse mar de coisas que ninguém conhece, esse mar que me afunda, e cada vez vou mais fundo e distante.
Aqui fora existe alguma ilusão de que as coisas possam dar certo, embora eu ache tudo tão sem sentido, tão perdido, desfocado, escuro. Vivo esperando por algo que me salve, será que falta perceber que eu que me condeno? Existe alguém com poder maior de me machucar do que eu mesma? E eu me pergunto onde é o meu lugar?! Se não é lá, não é aqui, então vem e me diz pra onde ir?! Todas essa falta de resposta me deixa tão mais cansada, e se o tempo está acabando me diz o que é que eu faço?!
É como um jogo de tabuleiro onde vc pensa que conhece as regras até começar a perder, não importa quantas casas ande, é como se não dependesse de você, como se nada mudasse, quando todo o contexto está diferente, rolando os dados, perdendo passos, perdendo tempo. Me entende?! Parece que as regras não são essas e você joga errado, então como é que se se joga? Quais as regras? Como é que se vence isso?

Eu to cansada de buscar alegrias momentâneas, cansadas de buscas inúteis, cansada do artificial, cansada dessa sede pelo desconhecido, de ser insaciável, cansada de procuras inúteis.
To cansada de respostas mal dadas, do silêncio frio, das histórias se repetindo, do gosto insosso, do desleal. Ou me deixa ser um quarto trancado numa torre alta ou destruas as minhas fortalezas, ou me salva ou me deixa ser o que eu precisar ser... Ou muda a minha história ou me deixa escrever.
Ou vem e me salva com a verdade que liberta ou eu me deixa em paz com a mentira que me entorpece mas que de alguma forma me faz viver.






Kaká.





4 comentários:

Adriano Mendes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fabio Coelho disse...

Qual é o teu lugar? A CASA DO PAI...

Alan Brum disse...

"Ou muda a minha história ou me deixa escrever". Essa foi forte, não sei se já te disse isso, mas sou seu fã. Mesmo vc escrevendo coisas tristes rs.

Rick disse...

Te conheci através do twitter...
Você retuitou (é assim que se escreve?) algo meu e quando meu dei conta, já estava te seguindo, lá e aqui!
Parabéns pelo desabafo em forma de texto...
Como disse o Alan, foi forte!
Que essa fortaleza tome conta de vc!