O tempo da chuva.

"Eu descobri em mim desejos os quais nada nesta terra podem satisfazer, eu só posso concluir que eu fui feita para um outro mundo.
Estou perdida ou apenas encontrada. No caminho certo ou na rotatória do caminho errado?
Existe uma alma que se move em mim. ela está tentado se libertando, querendo se tornar vivo?
Porque o meu conforto me faz preferir ficar dormente e evitar o vindouro nascimento de quem eu nasci pra me tornar.

Porque nós, nós não estamos aqui por muito tempo, nosso tempo é só fôlego então é melhor respirá-lo.
E eu fui feita para viver, eu fui feita para amar, Eu fui feita pra Te conhecer.
Fale comigo na luz da alvorada, misericórdia vem com a manhã..."


Ps.: Querido anônimo, que bom que gosta do blog, que bom que alguém se identifica com minhas maluquices. rs
Obrigada pelo carinho.




Começo o texto de hoje com essa musica com frases dos livros de C.S Lewis.


E tudo se repete. Cada traço, cada vírgula, cada pergunta, cada lágrima idiota que teima em cair ou todo o choro que teimo em não deixar sair. Eu sei que vai passar, só que voltar e aprender a fazer o certo não é a melhor das sensações. Logo eu que sempre tive o exagero impregnado no DNA, cada parte do meu corpo grita. Pode dizer que é só mais um drama mexicano, que tudo não passa de inconformismo bobo e infantil, que tudo o que eu tenho que fazer é aceitar e me calar. Esquecer como sempre...
Mas eu contesto, não nasci pra isso, não nasci pra essa gente confusa que não sabe o que quer. Sempre tive medo das palavras, talvez porque sempre aprendi a me calar. Eu te disse que quando falo é porque tenho certeza. Não brinco, só digo aquilo que quero. 
Qual foi a última vez que te contei o que de mais profundo eu sentia? Eu me escondo no tempo, fico presa na ideia de eternidade ideia essa que muitos não conseguem entender. Fico esperando o momento exato, o movimento perfeito, de entrega e luta, sentimento e ação.
Andei alguns dias pisando em terras desconhecidas, fazendo aquilo que jurei odiar, me tornando passiva, dormente, inerte, sem todos os meus sentidos. Tava cansada de sentir, sinceramente ainda estou, afundando cada vez mais na mentira que eu contei pra mim, eu decidi voltar, mas meu Deus, como tudo, às vezes, tudo se torna tão difícil, como chegar a superfície dói.
Não estou lamentando, aprendi a agradecer até aquilo que eu perco, só fico aqui desejando a paz verdadeira depois da tempestade. Cansei de tudo o que é falso, cansei de ter tantos sentimentos em exagero, a flor da pele que não me servem de nada. Sinceramente, cansei dessa tempestade que insiste em cair. Mas porque eu sinto que ela só começou? A dor também cura, eu sei, mas quando chega o momento da paz? o "finalmente felizes"? Que horas eu vejo a promessa? Quando é que eu vou deixar de ser singular e virar plural. Quem eu nasci pra me tornar?
Gosto de sentir, da minha sensibilidade, mas como frusta e dói perder tempo com quem brinca com aquilo que mais precioso alguém pode ter.
Será que tudo isso é pra entender como Você se sente? Me faz entender, me faz controlar, me faz ter uma razão para isso  porque eu já cansei de perder tempo com tanta preciosidade depositada em pessoas e coisas que jogam tudo isso no lixo.
Me tira dessa confusão, não deixa que eu me afunde de novo em água erradas.
Quero amor ao extremo, no sentido literal da palavra, amor por pessoas, quero conhecer cada essência na sua forma mais pura. E se o erro é não saber como usar, me ensina. Me ensina a mostrar o que é amor de verdade para os outros, que isso seja  uma marca em mim.
As pessoas vivem em superficialidade, em falta de amor, usando descaso com tudo o que não diz a si próprio. Mas eu sou a diferença.


Jogo no ar essas palavras tão confusas quanto minha mente, hoje não consigo explicar coisas tão claras para mim. Só sinto que no fundo todo mundo espera de mim o que eu ainda não sou, mas eu juro que to lutando pra me tornar, ou melhor, pra despertar um lado meu que eu sei que existe mas dorme.


Desistir sempre foi a coisa mais difícil pra mim, pior é quando não me dão o direito da escolha. Mas desisti, porque era o certo. E agora o que eu faço? Passos pra frente? Passos pra trás? Fico no mesmo lugar? Corro? Fujo? Enfrento? Esqueço? Seja o que for, Deus, vem e me ensina, porque no fundo do mar a gente não consegue ver direito e eu ainda to tentando chegar na superfície. Cansei do vazio, do silêncio, do nada que ouço como resposta de todo maremoto que sempre fui e insisti em ser. A calma o mar, ou faz com que ele se agite mais ainda. Se quer me ensina a andar sobre as águas ou passar pode dentro dele. Mas que seja feito o que é certo. Porque o céu sempre abre não importa o quanto durar a chuva.
O tempo e o sentido das coisas não são feitos conforme eu imagino que sejam, que eu aprenda a viver conforme o relógio daquele que tem o domínio sobre tudo e que abre os céus.


;)







1 comentários:

Alan Brum disse...

Opa, lindo Kaká!
Você escrvre com bem mais qualidade e em mais quantidade do que eu. Tanto, que eu leio e até pego alguns trechos pra colocar em alguma música minha rs. A frase "Logo eu que sempre tiver o exagero impregnado no DNA" um dia vai ser ouvida nas rádios rs ;)
Beijo!