Ruinas

Estou cansado de construir e demolir fantasias , não quero me encantar com ninguem.
(Caio F. Abreu)




Feito um corte recente, foi o que pensei quando você sumiu. Era assim que eu te sentia e sinto.

O nosso afastamento não se mede com a distancia, mas com a frieza dos atos.
Começou o outono e como ele todas as suas dores. Eu contava os dias pra te ver e você provavelmente pensava em que desculpa me dar pra eu desistir, resolveu sumir e quem sabe voltar com as velhas desculpas, todas elas eu já vivi. Avisei que não procuro mais, você não me procura porque não quer. Ninguém tem uma agenda tão cheia e tão atarefada que não tem 5 minutos pra mandar uma mensagem "Te amo, to com saudades". E volta aquela voz soprando no ouvindo “como você ‘e idiota. E fica no na garganta, dor irremediável no peito, o choro incontido, o leve desespero sempre presente, a agonia, falta de concentração e tudo mais que se possa descrever.
Vejo suas fotos e da uma saudade irracional, uma vontade de ficar junto e uma raiva imensa por todas as mentiras, todo o engano e de gritar o quanto você ‘e um idiota e o quanto esta me fazendo sofrer. Deveria ter te deixado junto com as lembranças da Argentina e só. Como amores de carnaval que só duram ate a quarta de cinzas.
Me diz o que eu faço e como ser como você? Porque quero parar com essas dores também, cansei de sofrer, dessa intensidade irritante, essa mania boba de amar demais.
Me diz o que fazer porque eu já sai de mim.



Kaka.