A carta



“E tem gente maravilhosa que, de repente, vai ficando longe, difícil de ver – e aí dança. Mas também acho que aquilo que é bom, e de verdade, e forte, e importante – coisa ou pessoa – na sua vida, isso não se perde. E aí lembro de Guimarães Rosa, quando dizia que “o que tem de ser, tem muita força”. A gente não tem é que se assustar com as distâncias e os afastamentos que pintam.


(Caio F. Abreu)




Rio de Janeiro, 19 de Janeiro de 2011.




É com esperança que escrevo essa carta, faz tempo que eu não te vejo, nem sei se é mesmo esse o teu endereço. Queria que soubesse que não entendo como tudo se perdeu desse jeito, eu sempre quis, vc quis, mas algo ou alguém não nos permitiu ir adiante. E depois de todo esse tempo me pergunto se você não desistiu, se encontrou alguém mais perto, menos complicada, como todos os traços diferentes dos meus. Sem minha insegurança e ansiedade. Só queria que soubesse que sinto a sua falta e que eu quis e quero desde o primeiro dia e penso muito em você, sinto tanto a sua falta que é impossível ignorar o que existiu. Todo mundo me diz que não existiu nada, que não tinha como dar certo, que era tão notório. Mas sempre tive o dom de me apaixonar pelas coisas mais difíceis, nada foi fácil pra mim, minha história é marcada por coisas tão complicadas, e quando penso nas coisas boas que tive, as poucas coisas, você é a primeira delas. Juro que eu seria capaz de procurar pelo mundo todo, se eu soubesse que você me procura ou que me permite te encontrar...
Renovo minha fé todos os dias, assim como os pensamentos em vc que aumentam, o teu silêncio me sufoca. Fico desejando que meu telefone toque, que vc apareça, que um milagre aconteça e que você receba essa carta e nada dessa vez se perca como quase tudo em mim.


Toda a minha saudade, toda a minha esperança e amor.


Meu beijo.




Ps.: Não te Desisto!




Kaká.



1 comentários:

Pri disse...

não seria melhor postar em espanhol?rsrs
Beijooo