Como todos os outros erros
"Às vezes sinto falta de mim
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quarta-feira, 15 de setembro de 2010


Virou utopia
"Estar com alguém errado é lembrar em dobro a falta que faz alguém certo." (Tati Bernardi)
É engraçado como tudo parece sem graça quando algo termina, é como uma segunda-feira cinzenta e fria, daquelas que se quer continuar a dormir, mas sabe que é preciso levantar, trabalhar, continuar... Um continuar vazio, insosso, parecendo até insano, mas às vezes não temos nem a opção de desistir, de não continuar. Quase sempre a vida te empurra, te leva, por lugares que você não imaginaria... chega uma hora que de tanto continuar a dor se torna distante, ainda que você saiba que ela está ali, ela já não é tão forte, contínua e é nessas horas que você percebe que está esquecendo e se pergunta se isso é bom, se é assim que deveria ser. E vc quer acreditar mas desacredita, se enche de esperança e quer abandonar tudo e nessa montanha russa vai seguindo, vai desejando a calmaria e a coisa enlouquecedora que até pouco tempo atrás te fazia feliz, te atormentava, tirava o fôlego, mas parecia tão essencial. Afinal, pelo que se ama? Pela paz que é dada ou pelo tormento? Pelos dois? Pela mistura de tudo isso?! Mais difícil que continuar é a coragem, a força de desistir. Desistir do que se sente, do que espera, do que acredita.
Fiquei horas me perguntando se deveria mesmo ligar, pensando exatamente no que falar, pensando em todo o caos que eu tinha tornado a minha vida nos últimos meses, como eu gostaria de ter explicado tudo, como eu queria não ligar e não explicar, como eu pedia a Deus que desse certo, embora dentro de mim a certeza era cruel, dilacerava, dois mundos completamente diferentes e por mais que eu quisesse era difícil acreditar que você entraria no meu mundo, que era contra o seu... mas havia uma esperança tão estupida. Era bom ouvir sua voz todos os dias, era bom ter as mãos entrelaçadas, o sorriso perto, o beijo, a sensação de não ter sido mais uma espera perdida, mas foi. Esperei até o fim que você ligasse, uma manifestação qualquer de afeto e não teve, não houve, não aconteceu... Não chorei, não sorri, mas continuei sabendo que dessa vez era realmente o ponto final, alguma coisa dentro da gente sempre sabe quando termina. Não teve inconformismo, aceitei facilmente o que me era dado. Cedi, me rendi...
Com todo o meu amor, fé e saudade
com o mais sincero de mim.
Meu beijo,
Kaká.
No fundo eu sabia que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia." (Caio F. Abreu)
PS.: escrevo isso pq nunca somos descartáveis, as histórias se repetem e acho que ouvi todas essa semana.
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010


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