Pelo Fim.

"E eu me visto de saudades
Do que já não somos nós"
(Leoni)




Chegou o final de julho, agosto se aproxima e algumas pessoas morrem de medo, nunca tive grandes problemas, nem grandes soluções, a parte mais difícil é porque agosto é meu aniversário e sempre alguma coisa difícil bate a minha porta por esses tempos, seja como lembrança ou como um fato novo, exigindo de mim mais calma, mais força, mais paz. Mas não foi por isso que chamei Mariana pra conversar. Era uma quarta, e as quartas-feiras sim me dão medo. Tudo acontece numa quarta-feira, pode reparar. Talvez porque as pessoas caem em um absoluto tédio no meio da semana, o meio, nem quente, nem frio, nem pouco, nem muito, era assim que eu me sentia, no mais odiável meio termo, que é pior que o nada. Mas Mariana parecia saber das coisas, sentada na escada ela me disse:
_ você começa tudo pelo fim. Uma paixão tão grande que o mundo em volta parece ter menos valor, e vai se doando, vai perdoando, vai se perdendo, vai insistindo até acreditarem que nada mais te para. Mas você também cansa, mas não deixa ninguém ver, e quando percebem você já se foi. Isso é começar pelo fim. Pra você já é amor antes de ser.
_ E o que é o começo? - Perguntei com certa indignação.
_ O começo é gostar de quem gosta de você, é sentir bem devagar, é se deixar conquistar. Amor é com o tempo e os duradouros são amenos. Nem todo mundo pega um avião e some, muito menos se entrega ao desconhecido de olhos fechados sem se importar com o resultado. As pessoas não são você.
Mariana me dizia todas essas coisas porque repreende toda essa intensidade que carrego, quase um fardo, que me faz ter aversão a tudo que não me tira do chão.Talvez ela tenha razão, ela se casou, teve filhos lindos, mas demorou um bom tempo pra se apaixonar, talvez ela nem saiba o que é isso.
Nada me cortava mais que o silêncio e como eu ia construindo meus sonhos no efêmero. Sou capaz de acreditar nas promessas mais idiotas, o difícil é me fazer acreditar. 
Mariana levantou para ir embora e eu disse:
_ Não sei o porque eu sou assim. Eu preciso tanto de cuidados, de gente que consegue ler o que eu quero bem nos meus olhos. Só quero ser de alguém e que esse alguém seja meu. Eu sou difícil, quero muito, exijo muito, mas eu amo muito também. Não sou simples, sou composta, complexa. Quero alguém que se disponha as minhas loucuras, meus beijos, que me cubra com suas intensidades também.
Mariana não me disse mais nada, só me deu aquele sorriso de mulher mais velha, achando tudo aquilo uma perda de tempo.

E eu fico me perguntando se amor é isso mesmo? É algo que começa apenas por gostar da companhia, se é mais razão e menos sentir. Se começa assim tão apático.

E durante os meus 23 anos eu nunca consegui terminar nada do que comecei. Até nos meus relacionamentos eu esperava ao máximo que alguém fizesse isso por mim. As vezes dava certo, outras não. Mas quando termino é da mesma forma que começo, com um irrevogável pra sempre. Um alto e claro pra sempre. Sem dúvidas. Até as minhas saudades tem fim, não importa quanto tempo isso demore pra acabar. No fundo as pessoas não entendem que é como Caio Fernando disse: "Um jardim difícil de cuidar e que homens que gostam de praticidade nunca vão conseguir."
talvez eu não saiba mesmo amar, dou na mão do desconhecido aquilo que tenho de mais precioso e de quem me quer bem, eu viro as costas, eu canso. Talvez eu goste mesmo daquilo que é impossível.
Antes que ela fosse e no meio de um suspiro eu disse:
_Será que alguém um dia vai me ensinar a amar e aprender a me amar também? Mesmo eu sendo toda essa confusão?
Mariana não me respondeu, só sorriu e o seu olhar tinha a reprovação da minha ansiedade e impaciência. Principalmente por não saber enxergar alguém que provavelmente eu estava deixando escapar.

Eu não sei o que essa espera toda me traz. Hoje eu tenho poucas certezas e muitas perguntas. Mas eu to indo em frente, em algum lugar. Só espero que alguma coisa boa e verdadeira me surpreenda. 
E que a vida me faça ver coisas que eu não enxergo. Me faça ver o errado e aprender o certo sem magoar ninguém.


Meu beijo, Kaká.






Ps.: Mariana não existe. As coisas que ela disse são coisas que as pessoas me dizem ou disseram ao longo do tempo.



O tempo da chuva.

"Eu descobri em mim desejos os quais nada nesta terra podem satisfazer, eu só posso concluir que eu fui feita para um outro mundo.
Estou perdida ou apenas encontrada. No caminho certo ou na rotatória do caminho errado?
Existe uma alma que se move em mim. ela está tentado se libertando, querendo se tornar vivo?
Porque o meu conforto me faz preferir ficar dormente e evitar o vindouro nascimento de quem eu nasci pra me tornar.

Porque nós, nós não estamos aqui por muito tempo, nosso tempo é só fôlego então é melhor respirá-lo.
E eu fui feita para viver, eu fui feita para amar, Eu fui feita pra Te conhecer.
Fale comigo na luz da alvorada, misericórdia vem com a manhã..."


Ps.: Querido anônimo, que bom que gosta do blog, que bom que alguém se identifica com minhas maluquices. rs
Obrigada pelo carinho.




Começo o texto de hoje com essa musica com frases dos livros de C.S Lewis.


E tudo se repete. Cada traço, cada vírgula, cada pergunta, cada lágrima idiota que teima em cair ou todo o choro que teimo em não deixar sair. Eu sei que vai passar, só que voltar e aprender a fazer o certo não é a melhor das sensações. Logo eu que sempre tive o exagero impregnado no DNA, cada parte do meu corpo grita. Pode dizer que é só mais um drama mexicano, que tudo não passa de inconformismo bobo e infantil, que tudo o que eu tenho que fazer é aceitar e me calar. Esquecer como sempre...
Mas eu contesto, não nasci pra isso, não nasci pra essa gente confusa que não sabe o que quer. Sempre tive medo das palavras, talvez porque sempre aprendi a me calar. Eu te disse que quando falo é porque tenho certeza. Não brinco, só digo aquilo que quero. 
Qual foi a última vez que te contei o que de mais profundo eu sentia? Eu me escondo no tempo, fico presa na ideia de eternidade ideia essa que muitos não conseguem entender. Fico esperando o momento exato, o movimento perfeito, de entrega e luta, sentimento e ação.
Andei alguns dias pisando em terras desconhecidas, fazendo aquilo que jurei odiar, me tornando passiva, dormente, inerte, sem todos os meus sentidos. Tava cansada de sentir, sinceramente ainda estou, afundando cada vez mais na mentira que eu contei pra mim, eu decidi voltar, mas meu Deus, como tudo, às vezes, tudo se torna tão difícil, como chegar a superfície dói.
Não estou lamentando, aprendi a agradecer até aquilo que eu perco, só fico aqui desejando a paz verdadeira depois da tempestade. Cansei de tudo o que é falso, cansei de ter tantos sentimentos em exagero, a flor da pele que não me servem de nada. Sinceramente, cansei dessa tempestade que insiste em cair. Mas porque eu sinto que ela só começou? A dor também cura, eu sei, mas quando chega o momento da paz? o "finalmente felizes"? Que horas eu vejo a promessa? Quando é que eu vou deixar de ser singular e virar plural. Quem eu nasci pra me tornar?
Gosto de sentir, da minha sensibilidade, mas como frusta e dói perder tempo com quem brinca com aquilo que mais precioso alguém pode ter.
Será que tudo isso é pra entender como Você se sente? Me faz entender, me faz controlar, me faz ter uma razão para isso  porque eu já cansei de perder tempo com tanta preciosidade depositada em pessoas e coisas que jogam tudo isso no lixo.
Me tira dessa confusão, não deixa que eu me afunde de novo em água erradas.
Quero amor ao extremo, no sentido literal da palavra, amor por pessoas, quero conhecer cada essência na sua forma mais pura. E se o erro é não saber como usar, me ensina. Me ensina a mostrar o que é amor de verdade para os outros, que isso seja  uma marca em mim.
As pessoas vivem em superficialidade, em falta de amor, usando descaso com tudo o que não diz a si próprio. Mas eu sou a diferença.


Jogo no ar essas palavras tão confusas quanto minha mente, hoje não consigo explicar coisas tão claras para mim. Só sinto que no fundo todo mundo espera de mim o que eu ainda não sou, mas eu juro que to lutando pra me tornar, ou melhor, pra despertar um lado meu que eu sei que existe mas dorme.


Desistir sempre foi a coisa mais difícil pra mim, pior é quando não me dão o direito da escolha. Mas desisti, porque era o certo. E agora o que eu faço? Passos pra frente? Passos pra trás? Fico no mesmo lugar? Corro? Fujo? Enfrento? Esqueço? Seja o que for, Deus, vem e me ensina, porque no fundo do mar a gente não consegue ver direito e eu ainda to tentando chegar na superfície. Cansei do vazio, do silêncio, do nada que ouço como resposta de todo maremoto que sempre fui e insisti em ser. A calma o mar, ou faz com que ele se agite mais ainda. Se quer me ensina a andar sobre as águas ou passar pode dentro dele. Mas que seja feito o que é certo. Porque o céu sempre abre não importa o quanto durar a chuva.
O tempo e o sentido das coisas não são feitos conforme eu imagino que sejam, que eu aprenda a viver conforme o relógio daquele que tem o domínio sobre tudo e que abre os céus.


;)







Caio F. Abreu




Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?
Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.
Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente?
Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente?
Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.
Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.
Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.
Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis.
. . . E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura.

Caio F. Abreu

Meu beijo,

Kaká.

Calado



Já faz alguns dias que eu não falo com você, faz  alguns meses que não te vejo, porque é que eu não me conformo e termino essa história?
Tentei te dizer mil vezes que eu esperaria se você me desse o minimo de atenção, é a sede por você que parece insaciável que não me deixa aceitar que o nosso esforço é desigual. Não é que você não me queira mas se conforma com a distância, com o afastamento, só com o sonho. Eu quero mudar, quero ir até você, não me importa muito as conseqüências.
Não me importa os motivos pelo qual não damos certo, tem uma coisa que me leva a  você e me faz querer mais. Dizem que eu me fecho ou me permito demais, vivo nos extremos. Você diz que eu não entendo que as coisas entre a gente não podem ser diferentes, eu entristeço, engulo o choro e te digo que não podem ser porque você não quer. Porque não luta, não arrisca, prefere esperar que o tempo coloque o ponto final que minha covardia não permite.
Amar é alguém é se dispor, é lutar, é não desistir. Amar é estar junto, é decidir estar junto, é o companheirismo que o tempo não apaga. Talvez seja cedo demais pra que você entenda, que amor é como se a distancia fosse o menor dos problemas, é pegar os seus defeitos e superá-los. Amor é coragem de nunca desistir. É doer, sangrar e ainda sim se curar e curar o outro.
O que eu faço agora? Desisto de mais um sonho? Sigo sabendo que você segue sem mim. Me orienta ou me desorienta tanto faz. Queria mesmo era sentir o conforto que seu corpo causa no meu.
E agora fico com um adeus calado?
Pensa bem, não me deixa ir embora assim, calada. Não quero que você me perca, eu que tenho a intensidade correndo nas veias se for já vai ser tarde.
Não permita que isso aconteça com a gente. Mais uma história perdida, um livro comum na estante. Faz diferente do mundo, não me perca, não nos perca.
Viver, amar é arriscar o resto é tudo o que eu não quero descobrir.


Não queira provar minha indiferença, todos os capítulos da minha história onde as pessoas não tentaram, não me acompanharam eu nunca mais li. Não me perca, porque isso é o fim.


Meu beijo, toda a minha saudade e amor.


Kaká.

É pra falar bobagem


Queria te falar umas bobagens presa na garganta esperando a hora certa de cuspir.
No meio da multidão de coisas que você me disse eu me perdi, é tanta confusão que não sei o que é verdade e em que posso acreditar quando vem de você.
Acho que estamos em estradas erradas, você procura entender o mundo e ficaria feliz em entender você.
Duas linhas de vida desiguais, hoje eu tenho a calma que antes não tinha, mas ainda tenho a mesma sede de respostas, a diferença que eu sei que uma hora a resposta chega.
Chega de histórias ao meio, se doar ao meio, o foco é em mim agora, estou me desviando de você e é quase impossível me fazer voltar. Se ainda me quer melhor correr.
A vida curta demais pra deixar escorrer entre os dedos aquilo que é precioso e sair por ai exaltando o que não tem valor.
São uma bando de bobagens que eu falo e você não quer ouvir, tudo bem, to de partida, to saindo. E como todos os outros você vai me ligar e me dizer que era insegurança da idade, que hoje sabe o que perdeu, não se preocupe, amor, até lá vai ser tarde. 
Não se preocupa com essa bando de bobagens que to aqui pra te falar, te amo demais e você me ama de menos, não sou mulher disso. Seja feliz, to de partida, de encontro marcado com tudo o que me espera e um conselho não espere a minha volta, não volto!
Aprenda a viver sozinho, pra depois viver com alguém. 
Mulheres como eu não se encontra em qualquer lugar. Elas nunca ficam no mesmo lugar por muito tempo, só quando alguém que teve oportunidade como você cuida, como tudo que é raro deve ser cuidado.
São só bobagens minhas que você não dá importância e que me fazem partir.

Meu beijo, Se cuida.

Kaká

Linha de vida.






Nunca entendi muito bem o medo que as pessoas cultivam pelo novo. Talvez você me diga que na minha idade é assim mesmo, mas acho que isso tem muito mais a ver com caráter que idade.
Lembro bem quando você me chamou aquele dia e resolveu me contar tudo o que te atormentava sobre a gente, aquele teu segredo guardado na garganta, querendo gritar, explodir. Fiquei me perguntando como seria e na minha confusão com o choque do que foi dito achei que não havia outra saída senão o fim. Pra mim, desistir sempre foi mais difícil do que continuar, ainda que continuar fosse sacrificante, quando desisto é como se eu matasse um sonho, um tiro a queima roupa bem no peito, sem ultimas palavras, sem beijo de adeus. E começou a tormenta que meu corpo causa com a rejeição a desistência. Confesso que cedi e continuei e vou continuar até que cesse a ultima gota de esperança em meu peito. Desistir não combina comigo. Por trás desse rosto meigo e suave tem uma força que muda destinos.
Às vezes, ainda me pergunto como vai ser, com uma vontade imensa de saber o que o futuro reservou pra gente, mas algo me diz que vale a pena. Vontade e garra de ser feliz eu tenho. Não tenho medo não. É pra arrumar as malas? É pra mudar tudo sem saber como vai ser? Porque se for minha mala tá pronta esperando a hora certa de partir. Tenho mais pra viver, mais pra aprender, mais pra te fazer feliz.
Sou o estopim da intensidade, eu quero coisas simples que te parecem muito. E sigo em frente sempre e me acompanha quem quer. Pega minha mão, amor, que te levo pra voar alto, e que bom que existe alguém como você na vida pra depois me colocar com o pé no chão.
Não desisto daquilo que é importante pra mim, não sem tentar. Se você mora aqui ou do outro lado do planeta, que diferença faz? Eu arrisco e vou arriscar sempre. Respeito o meu extinto que me faz ir além, ir longe, se eu não for, eu não vivo. Não é só por você é por mim. É pra me manter minha sanidade, minha paz.
Vem que nós dois podemos construir bem mais que imaginamos que existe.


Meu beijo, toda a minha saudade


e todos os meus melhores planos.


Kaká.

Um dia



Sempre fui pega pelo meu infinito dom de intensidade, sei bem o que quero e onde quero ir e quando não sei me sinto a pior pessoa do mundo. Nunca consegui conviver com a duvida, sou do tipo de pessoa que rema até o fim ou abandona o barco, mas eu entro.
Todo mundo me diz que minha intensidade e determinação assustam, é que não sei ser meio termo, não sei viver pela metade, não sei mergulhar no raso.
Confesso pra você que depois de todas as suas respostas evasivas chorei um pouco, esperava mais. É que pra mim amor é agora, nunca depois, cansei de roubar meu tempo com falsas esperanças, esperas desleais, mentiras que me contam e eu tento acreditar pra não ficar aquele vazio no peito, aquela falta que a falta de amor traz. E mais uma vez o suspiro triste, só queria que você remassem pouquinho também. Não peço que ninguém tenha as minhas intensidades, mas um pouquinho de atitude mudaria toda a minha vida e a sua. Mas você escolhe esperar, e eu sinto que são suas duvidas me fazem desistir de remar. Tenta entender que se eu for eu não volto e você não entende ou finge não entender e eu me conheço, vou cuidar das outras coisas no meu caminho, vou andando, vou seguindo ao contrario de você e quando eu já estiver longe, fora do teu alcance vai querer me perguntar  onde foi que a gente se perdeu, quem sabe perceba que mulheres como eu só se conhece uma vez e é você quem define se é pra sempre.
Volto pro meu caminho de novo, ferida aberta no peito, sorriso triste no rosto, cabeça erguida. As vezes desistir é o maior ato de coragem, é o mais difícil, um dia quem sabe eu ache de vez meu lugar e quem queira me acompanhar. Quem sabe um dia eu tenha a tranqüilidade de receber a paz de alguém e que esse alguém queira receber a minha.
Quem sabe um dia eu entenda o sentido desse caminho tão sofrido, tão incompreendido.
Hoje pra mim é a esperança de quem sabe um dia a felicidade queira me receber.




Kaka